Eu sempre fui apaixonado por ensinar. Trabalho com a formação e ensino desde 2003, indo desde o ensino das bases de computação até lecionar em cursos de pós-graduação. Estar no dia-a-dia com pessoas que estão no começo da carreira é um mix de satisfação e desafio. Satisfação por você ter a oportunidade de contribuir com um pedacinho tão especial da história daquela que será uma pessoa desenvolvedora no futuro. Desafiadora pelo fato de precisarmos nos despir de aprendizados já superados em nossas mentes e nos esforçamos por enxergar novamente pelos olhos de quem ainda não tem a mesma vivência que você.
Por onde passei, eu sempre acreditei que um bom equilíbrio entre profissionais experientes e em formação é a melhor combinação para um time de tecnologia. Isso é benéfico não apenas para a retenção, como também é estímulo para uma cultura de aprendizado e humildade. Cultura essa que favorece o compartilhamento e interação não apenas entre quem faz o software, mas também as demais áreas da organização.
Na bxblue não foi diferente. Desde bem no começo tivemos a presença de pessoas iniciantes no nosso time. E desde então sempre mantivemos um bom equilíbrio entre profissionais em formação e profissionais experientes. Com o tempo, e o time crescendo, nossas iniciativas e as pessoas foram evoluindo. Seguindo o caminho natural das coisas, em geral, nossos iniciantes são promovidos (e estagiários são efetivados).
O trabalho destas pessoas sempre ocorreu nos times, com forte influência dos mais experientes. Sob o apoio do time todo, com muito pair programming e mentoring da liderança. Este ano decidimos fazer um experimento para trazer uma turma nova de iniciantes pro time. Abrimos um programa de estágio com 6 vagas de estágio. Estas pessoas passaram por um onboarding diferente. Além da 1 semana padrão de onboarding da bxblue elas tiveram 1 mês de nivelamento com a introdução dos principais conceitos e práticas do nosso time. Tudo isso sem aulinha, mas sim com a introdução de tarefas reais e com valor real pros nossos usuários, mas escolhidas especialmente para este fim. O resultado foi ótimo, ao serem inseridas nos contextos dos seus times definitivos, a curva de aprendizado e colaboração foi super atenuada.
Coletando o feedback tanto das novas pessoas, como os membros experientes, vimos um nível de satisfação consideravelmente alto. Todos se sentiram amparados e apoiados, felizes com as entregas e orgulhosas com aonde chegamos. Mas, principalmente, animadas com o que ainda temos pela frente.
Com isso, devemos repetir o experimento para edições futuras do nosso programa.