Recentemente o Rafael Miranda escreveu um ótimo post. O assunto gira em torno de como muitos se impressionam com quem busca estar sempre se aprimorando. Mas estas nunca se dedicam pra que isso aconteça com elas mesmas. Aconselho que você leia, acho curiosa a conclusão das pessoas com quem o Rafael se encontrou.
Pessoas que buscam sempre se aprimorar são aquelas que não estão satisfeitas com o que tem ou sabem. Sempre estão se atualizando, realizando projetos pessoais, se encontrando com outras pessoas que compartilham essa visão. Esse tipo de pessoa não consegue diferenciar trabalho de lazer. Afinal, quando eu tiro duas horas da minha semana para participar de um Dojo, faço isso por causa da minha profissão ou por que eu gosto? Quando se faz aquilo que gosta é bem difícil desenhar uma fronteira que separe estes mundos. Existe uma imensa zona cinza de coisas que você faz por que gosta mas que influenciam a sua vida profissional. Um verdadeiro ciclo virtuoso.
Pois bem, eu tenho a sorte de estar rodeado por pessoas incríveis que vivem esta mesma realidade. Mas é fácil encontrar pessoas que não vivem esta realidade. E quando isso acontece, o choque de universos faz você se sentir como o Rafael. Se você tem dificuldade de mentalizar essa outra, aconselho ouvir um pouco de Max Gehringer e verá como é este "outro" universo.
Mas por que isso acontece?
Na minha opinião tudo isso tem a ver com o horizonte das pessoas. As pessoas sempre estão em busca de um objetivo na vida, por mais abstrato, vago ou indefinido que ele seja. Ao longo da nossa vida, nossos horizontes mudam, mas existe um ponto em que muitos simplesmente se satisfazem com algum horizonte e permanece com ele.
Eu estudei em escolas pública quase toda a minha vida. Nessa época grande parte dos meus colegas de classe eram de classes mais baixas. O horizonte deles era apenas formar e arrumar um emprego, pouquíssimos pensavam em entrar em um faculdade.
Na faculdade, o horizonte de todos era se encaixar no mundo corporativo. Para outros era passar em um concurso público. Para mim, era descobrir o que eu podia fazer com o que eu estava aprendendo. Eu me apaixonei por computação. Tudo parecia tão mágico, eu podia fazer tudo: ser acadêmico, ou trabalho corporativo. nesse tempo eu trabalhei em um laboratório, numa escola, em empresa até ser convidado a abrir a minha própria com um grupo de amigos.
No mundo corporativo, o horizonte mais comum é a aposentadoria. A maior parte das pessoas vê seu trabalho apenas como um meio para chegar no ponto onde ele não será mais necessário. São 8h por dia para poder descansar no fim dele. São 5 dias por semana para poder fazer o que gosta no final de semana. São 11 meses no ano para poder curtir sua família. Por fim, são 35 anos de trabalho para poder aproveitar a vida. Claro que muitos traçam outros horizontes no meio do caminho: uma posição melhor, um salário melhor. Nesse caminho essas pessoas aceitam muitas fórmulas propostas para chegar lá, mas o horizonte é o mesmo.
Agora qual o horizonte de quem não se encaixa nessa fórmula? Esta são pessoas que enxergam um horizonte que é totalmente diferente a cada dia. Estas são pessoas fazem um trabalho diferente todo dia. São pessoas que não pensam em aposentadoria, afinal eu já estão aproveitando a vida hoje. Que buscam melhorar o universo que está a sua volta. Esse tipo de pessoa, é inquieta e não se satisfaz com o que lhe é dado. Mais que isso, essa pessoa incomoda quem está ali só de passagem. Afinal, quando você muda o mundo, você atrapalha o caminho seguro que essa pessoa construiu.
Mas não me entendam mal, eu acho que existe um lugar no mundo para todas essas pessoas. É fácil quem não vive neste mundo criticá-lo. Porém, também acredito que cada dia mais, os acomodados devem temer as estabilidade de seus horizontes. Já dizia Seth Godin:
Eu acredito que aqueles que apostam na conformidade ainda vão ter espaço na nossa sociedade por um bom tempo. Mas acho que cada dia esse espaço vai diminuir. Como alguém de tecnologia eu acredito que ela será cada dia mais usada para trazer mais significado a vida das pessoas. E neste tipo de mundo, a conformidade terá menos espaço.
Pessoas que buscam sempre se aprimorar são aquelas que não estão satisfeitas com o que tem ou sabem. Sempre estão se atualizando, realizando projetos pessoais, se encontrando com outras pessoas que compartilham essa visão. Esse tipo de pessoa não consegue diferenciar trabalho de lazer. Afinal, quando eu tiro duas horas da minha semana para participar de um Dojo, faço isso por causa da minha profissão ou por que eu gosto? Quando se faz aquilo que gosta é bem difícil desenhar uma fronteira que separe estes mundos. Existe uma imensa zona cinza de coisas que você faz por que gosta mas que influenciam a sua vida profissional. Um verdadeiro ciclo virtuoso.
Pois bem, eu tenho a sorte de estar rodeado por pessoas incríveis que vivem esta mesma realidade. Mas é fácil encontrar pessoas que não vivem esta realidade. E quando isso acontece, o choque de universos faz você se sentir como o Rafael. Se você tem dificuldade de mentalizar essa outra, aconselho ouvir um pouco de Max Gehringer e verá como é este "outro" universo.
Mas por que isso acontece?
Na minha opinião tudo isso tem a ver com o horizonte das pessoas. As pessoas sempre estão em busca de um objetivo na vida, por mais abstrato, vago ou indefinido que ele seja. Ao longo da nossa vida, nossos horizontes mudam, mas existe um ponto em que muitos simplesmente se satisfazem com algum horizonte e permanece com ele.
É isso que ensinamos em nossas escolas
Eu estudei em escolas pública quase toda a minha vida. Nessa época grande parte dos meus colegas de classe eram de classes mais baixas. O horizonte deles era apenas formar e arrumar um emprego, pouquíssimos pensavam em entrar em um faculdade.
Na faculdade, o horizonte de todos era se encaixar no mundo corporativo. Para outros era passar em um concurso público. Para mim, era descobrir o que eu podia fazer com o que eu estava aprendendo. Eu me apaixonei por computação. Tudo parecia tão mágico, eu podia fazer tudo: ser acadêmico, ou trabalho corporativo. nesse tempo eu trabalhei em um laboratório, numa escola, em empresa até ser convidado a abrir a minha própria com um grupo de amigos.
No mundo corporativo, o horizonte mais comum é a aposentadoria. A maior parte das pessoas vê seu trabalho apenas como um meio para chegar no ponto onde ele não será mais necessário. São 8h por dia para poder descansar no fim dele. São 5 dias por semana para poder fazer o que gosta no final de semana. São 11 meses no ano para poder curtir sua família. Por fim, são 35 anos de trabalho para poder aproveitar a vida. Claro que muitos traçam outros horizontes no meio do caminho: uma posição melhor, um salário melhor. Nesse caminho essas pessoas aceitam muitas fórmulas propostas para chegar lá, mas o horizonte é o mesmo.
Agora qual o horizonte de quem não se encaixa nessa fórmula? Esta são pessoas que enxergam um horizonte que é totalmente diferente a cada dia. Estas são pessoas fazem um trabalho diferente todo dia. São pessoas que não pensam em aposentadoria, afinal eu já estão aproveitando a vida hoje. Que buscam melhorar o universo que está a sua volta. Esse tipo de pessoa, é inquieta e não se satisfaz com o que lhe é dado. Mais que isso, essa pessoa incomoda quem está ali só de passagem. Afinal, quando você muda o mundo, você atrapalha o caminho seguro que essa pessoa construiu.
Mas não me entendam mal, eu acho que existe um lugar no mundo para todas essas pessoas. É fácil quem não vive neste mundo criticá-lo. Porém, também acredito que cada dia mais, os acomodados devem temer as estabilidade de seus horizontes. Já dizia Seth Godin:
"Conformidade é para as máquinas.
Se você é igual, você é substituível.
Se você é diferente, você é único!"
Eu acredito que aqueles que apostam na conformidade ainda vão ter espaço na nossa sociedade por um bom tempo. Mas acho que cada dia esse espaço vai diminuir. Como alguém de tecnologia eu acredito que ela será cada dia mais usada para trazer mais significado a vida das pessoas. E neste tipo de mundo, a conformidade terá menos espaço.